terça-feira, 26 de agosto de 2014

Relatório do Grupo de Vivência Ecumênica de Goiânia - 25 de agosto de 2014


Local: Centro Cultural Caravídeo
Facilitadora: Maria Giacomel
Total de participantes: 8 pessoas (6 mulheres e 2 homens).
Confissões religiosas presentes: Batista, Unificação das Famílias para a Paz Mundial e Católica Apostólica Romana.
Tema refletido pelo grupo: A missão de Jesus.
Carlos começa fazendo memória do encontro anterior (Avaliação da Semana de Oração pela Unidade Cristã). Ocasião em que nos lembramos da nossa celebração com a comunidade Sal da Terra, local em que vivenciamos um ecumenismo na prática, por meio das ações em defesa da vida (trabalho com a juventude, com os presidiários e etc).
No que diz respeito ao tema (A Missão de Jesus), a Maria Giacomel começa dizendo que não é possível falar sobre a missão de Jesus, sem falar da nossa missão, da missão das comunidades. E pergunta: O que é missão no mundo de hoje?
Reação do grupo: Missão é relacionar-se com outras pessoas. A partir daí vem a tolerância, a aceitação, a relação íntima com Deus, a oração.
Nós que precisamos da missão, porque ela dá sentido à nossa vida. A missão é amor. Ela começa no dia a dia.
Missão é um tema amplo. Tem a ver com determinados talentos, dons que as pessoas possuem e partilham umas com as outras (no trabalho, em casa, na rua).
A missão está nas relações diárias, cotidianas. Missão é testemunhar que a vida simples é bela, é cheia de sentido e significado.
Em seguida, a Maria conduziu o grupo a refletir sobre a missão de Jesus, por meio do texto bíblico de Lucas 4, 18-19 (O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres...”).
Reflexões do grupo:
Jesus é movido pelo Espírito. E, ele não é neutro. Não tem uma missão abstrata, nas nuvens. Trata-se de estar com gente de carne e osso: pobres, cegos, presos, oprimidos. A missão de Jesus se dá pelo contato direto com as pessoas mais necessitadas, com as pessoas que necessitam de alívio e libertação. Aqui, o grupo pondera que a missão de Jesus nos  faz pensar sobre as realidades de exclusão na nossa sociedade atual, as realidades que excluem e marginalizam: exclusão das mulheres nas instâncias de poder das igrejas, exclusão dos homossexuais, das pessoas negras... E mais: reflete que palácio e poderosos não combinam com o projeto de Jesus porque neles as relações baseiam-se em dominação e centralização. O chamado de Jesus é para todas as pessoas. Entretanto, ele exige compromisso e mudança nas relações de poder (história de Zaqueu).
Lemos um texto do teólogo católico José Antônio Pagola (retirado do livro Jesus, Aproximação Histórica), para aprofundarmos um pouco mais os nossos olhares sobre a Missão de Jesus. Entre as partilhas do texto, destaca-se: “O reino de Deus só pode ser anunciado a partir do contato direto e estreito com as pessoas mais necessitadas de alívio e libertação”.
Depois, a partir da narrativa bíblica da Comunidade de Marcos (1, 16-45), refletimos sobre o que faz parte da missão. Aqui, frisa-se: “Faz parte da missão, não se fechar no resultado já alcançado”. Vão a outros lugares! “Faz parte da missão, acolher as pessoas marginalizadas e reintegrá-las na convivência humana”. “Faz parte da missão, congregar pessoas junto a Jesus (e não nesta ou naquela igreja) e criar comunidades”.
Finalizamos  a noite com a  leitura do texto Missão é um Caso de Amor:
“O amor faz da vida uma missão. Não existe amor fechado, trancado; seria uma contradição. Faz parte da natureza do amor sair de si. Relacionar-se, transformar a vida em missão. A missão brota do amor e, como o amor, a missão é também uma necessidade existencial, não é luxo; faz parte do sentido da vida. Não se vive sem missão. Quanto mais autêntica e corajosa é a missão que abraçamos, mais pessoa nos tornamos”.
Oração final.
Múria,  25 de agosto de 2014.