Que não
façamos uso de armas nos nossos encontros cotidianos, mas que o nosso poço seja
fundamentado nas relações do diálogo, do respeito e do amor.
Caminhamos por
vários lugares: casas, igrejas e galpões, situados na periferia e no centro da cidade de Goiânia. Quem caminhou? Pessoas
de diferentes denominações cristãs: Batista, Presbiteriana Renovada, Anglicana,
Luterana e Católica Romana. Quando? De 17 a 24 de maio de 2015.
Nessa caminhada,
com o auxílio da Reverenda Tatiana (Anglicana), descobrimos que temos sedes
comuns, sociais e religiosas, e que muitas vezes vamos ao mesmo poço para
aliviá-las. Por sua vez, o Padre Célio Amaro convidou o grupo a refletir que a
Samaria é mais do que um lugar geográfico e que o testemunho da unidade é habitado
pelo abrir-se à cultura do outro, pelo deixar-se conhecer, pelo respeito ao
diferente. O Pastor Carlos (Presbiteriana Renovada) chamou a atenção, no
sentido de que podemos ser um rio ou uma represa. Mas, Cristo pede que sejamos
como um rio que jorra, flui, sara, cura as pessoas e a sociedade por onde ele
passa.
Ouvimos como os
nossos próprios ouvidos, testemunhos que a Semana de Oração pela Unidade Cristã
é um período que nos convida a distribuirmos a nossa água sem medo dela se
esgotar, porque quanto mais a espalhamos, mais ficamos perto da nossa fonte,
que é Jesus. E Cristo olhou o valor da vida humana e não de qual religião a
pessoa era. É também um chamado a nos reconhecermos pessoas incompletas, que
estamos juntas na busca do que é Água Viva para todos e todas, do que
verdadeiramente nos faz encontrar a Vida. Além disso, é tempo para a gente
refletir e se unir para o bem comum e para construir um mundo mais tranquilo e
mais feliz, independentemente do credo, cor, raça, orientação sexual e etnia.
Foi uma Semana
intensa. Repleta de sentido e de significado, de muita vivência comunitária e
partilha. Ou como disse a Pastora Patrícia Bauer, da Igreja Evangélica de
Confissão Luterana no Brasil (IECLB): “A Semana de Oração pela Unidade Cristã
de fato faz diferença. Alcança em sua simplicidade, pessoas que se achegam na
caminhada por uma fé que respeite e conheça outras formas de celebração. É
importante tratarmos as pessoas como gostaríamos que nos tratassem. Oferecer do
respeito que esperamos. E assim, vamos experimentando unidade na diversidade”.
Assim seja!
Múria, 24 de
maio de 2015.